segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Realidade


A alegria do tempo
O agito do caminhar
Paro um pouco
Olho ao redor
Quantas desavenças
Desequilíbrio, quanta indiferença com teus irmãos
Ambição que derrete com o vento
O solo fica úmido, tantas lamentações
Falta a escuta
Tanta soberania
Falta a humildade
Quanto egoísmo
Que rasteja pelo chão
Com o desalinho não sei se teremos superação
Fito a miragem daquele pôr de sol
Que ainda respira
Na esperança de um viver melhor

      Margarida Cabral - todos direitos reservados

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Luz do tempo


Luz do tempo
Claridade de névoa
Que respinga no celeiro
Com tanta luz
Que encandeia
Clareia, semeia
Reluz, seduz e conduz
A elevação do templo
Da espera
Da procura
Da aceitação
Da lágrima que escorre pelo rosto desnudo
Mas o clarão do tempo volta a  lumiar -te
Com perseverança a travessia do tempo

    Margarida Cabral - todos os direitos reservados

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

INICIAÇÃO



Guardo em mim o refúgio do tempo
Que ancora ao vento
Sem perder o destino da revoada
Bate vento no celeiro do coração
Alternando a teimosia que destila em palhas remotas
Aguça as traças que lapidam páginas perdidas na imaginação
Tênue tempo que invoca a vivência
A sedimentar por ariscos córregos
Dando crença sem turbulência
Fazendo acreditar num novo começo


       Margarida Cabral

sábado, 20 de agosto de 2016

AURORA

Aurora 




Rios,  campos,lares
Verdes lírios a brotarem
Busco refúgio em algum lugar
Com laços que fertilizam além do tempo
Que se encurrala com o vento
Fazendo redemoinho que chacoalha o coração
Águas que passam rente aos pés
Cintilando o alvorecer
Na certeza de um querer sem sombras
A coroar o viver

       Margarida Cabral

sábado, 13 de agosto de 2016

DIA DOS PAIS


Sentei,  pensei e fiz uma reflexão
Quando a tristeza chega a seu coração
Busque a luz das estrelas e faça uma caminhada
Por dentro do seu coração
Atiçando as fibras fazendo vibrarem
Encontrando a esperança do tempo
A cada batida deixe insinuar -se
Mesmo quando a saudade chegar
Quando a lágrima cair
Enxugue-a pois não será a última
Mas a benevolência do tempo acalma o coração
Das saudades verdadeiras que vão e vêm

          Margarida Cabral

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

RECORDAÇÃO DE MAMÃE


Jamais esqueço a calma que abrandava o coração
O sorriso meigo que transpirava ternura
As palavras suaves quando precisávamos de socorro
O olhar verde que se confundia com o mar
A pele tão límpida como a paz que exalava
A minha doce e eterna mãe
Como é difícil não conviver mais contigo
Mas temos que suprir esta ausência
Que dá tanto aperto no coração
Foram tantas lembranças boas
Que a tristeza nunca se aconchega
Agradeço a Deus por ter tido a graça de conviver com uma pessoa tão nobre
Que na sua simplicidade acolhia a todos sem distinção




Margarida Cabral

Olhar interior