Muitas vezes ficamos a imaginar
A exuberância do ser
Que nos deixa a relutar
Nas ilusões
Nos entremeios
Que nos agita o íntimo
Ficamos a saborear
No clarão que surgi cheio de esplendor
Que ativa a sensação de amor
Às vezes escondidos em nosso interior
Que transparece sem querer em ritmo ilusório
Muitas vezes guardamos este florescer
Sem transcender o real valor do ser
Fronteiras obscuras que não podemos alcançar
Ficamos omissos em nosso caminhar
De ventura com tantas indecisões queremos chegar
Tudo é tão irresoluto que retornamos ao nosso limiar
De vida, glória e prazer
Sem aflições com intenções
Relevância do ser mutante
Sem atingi-lo, pois estais tão distante
Sentimento arredio
Que me faz retornar
Embora involuntário me expõe ao vento
Sem deixar rastro de ilusão.
Margarida Cabral