VISÃO

                                                      

Nada mais quero nada mais sei

Se aquele ponto luminoso foi onde te encontrei

Com teu brilho aparente feito pingos de chuva

Molhando o rosto e deixando a água escorrer pelo corpo

Encharcando a roupa molhando-se por inteiro

Aos poucos as roupas secam

E o corpo segue o mesmo ritual

Como se fosse magia de uma ilusão sem igual

Caminha sem sentir o tempo passar

Parece um pássaro batendo asas a voar

Peregrinar pelo campo com tanta liberdade

Querendo pegar a lua com as mãos

Achando que é pouco o teu visualizar

Continuas o teu caminhar entre terra e céu

Lindos campos quer encontrar

Floridos com cores que incidiram em cada olhar

Sentindo a natureza te abraçar

Acalentando o coração não deixando chorar.

Margarida Tinôco

AMOR

Nada mais seremos se nada mais sou entre flores e espinhos vou espalhando o amor!

Margarida Cabral

SOPRO DE VIDA

                                                    

Aquela estrela cadente que cai em algum lugar

É uma luz que brilha e nos invoca a ti busca

Trazer para perto de ti o teu luminar

Para acalentar os sonhos que estavam perdidos

E se vestem de luzes querendo transbordar

Se vestindo de novos pensamentos

Que estão alocados no armário do tempo

Feito uma flor querendo desabrochar

Dando continuidade ao novo caminho

De renovações sólidas

De um novo libertar

Assimilando o tempo sem desperdício de valores

Agregando filamentos luminosos

Que se transformaram em focos de luzes

Que incidiram no caminhar e se renovar

Margarida Cabral

LUA

                                                                    

Você já olhou para o céu hoje

Fitou a lua

Sentiu o seu brilho no rosto

Deixou se envolver por inteiro

Não só o corpo, mas a alma também.

O coração bateu mais forte

Enamorou-se

Reinvente-se enlace os dedos

Deixe este brilho invadir seu coração

Que irar deslizar pelo seu corpo

Revigorando sua alma com os fluídos da natureza

Brotando flores de amor

Que se espalham difundindo o luar

Abrindo-se portas e janelas por onde passarem

Margarida Cabral

RETORNO

                                                          

                         O ciclo do tempo nos faz reencontrar

                         Para contornar o que ficou inacabado

                         Lapidando aquele cristal de lados desiguais

                         Com a evolução do ciclo iremos polindo as arestas

                         Que refletiram um novo brilho

                         Com cores intensas que incidiram em cada olhar

                         De fluídos constantes, ininterruptos.

                         Expondo cada um, a uma nova reflexão de união.

                         Atando os nós e formando uma imensa corrente

                         De desejos

                         De união

                         De acolher o que estava fora do ciclo

                         Contagiando a todos com a evolução

                         De o novo pensar

                         Do acordar e poder caminhar sem atropelos

                         Ressurgindo com o brilho do cristal a espalhar a luz em nossos olhos

                         De tão fortalecido energiza o corpo por inteiro

                         Sem desigualdades

                         Todos se humanizaram por inteiro...

                               Margarida Cabral

ÍNTIMO

Íntimo 

Quando sinto em meu íntimo tanta luz interior

Sinto-me coberta por estrelas iluminando meu caminhar

Que se diversificam em espelhos que refletem feito faróis 

Da imagem que não é miragem que transborda do meu interior

Exterioriza-se com um sorriso incidindo na luz de amor

Que cobre rios e córregos que inundam corações

Derretendo o gelo do mais tímido vilão

Escalando montanhas até no ápice chegar

Rolando pedras até chegar ao chão

Colocando a mão ao peito sentindo o pulsar do coração

Que se desabrocha feito um leque num grande buquê

Tão florido para nunca esquecer

Do que ficou oculto ou amostra

Sem arrepios

No caminhar não arredio 

Que nasce da profundeza do coração

Margarida Cabral