terça-feira, 17 de abril de 2012

TEMPO QUE PASSA




Tempo  que passa 



Passa, passa tempo
Deixar o tempo passar
Passa, passa tempo
Deixar a saudade fluir
Passa, passa tempo
Deixar a saudade ficar
Morando no meu peito e exalar...
Passa, passa tempo na medida certa
Dando evasão aos sonhos adormecidos
Passa, passa tempo deixar os sonhos brotarem
Entre ninhos de pássaros e flores
Passa, passa tempo
Não deixe adormecer
Deixe transbordar e acontecer

Margarida Cabral

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DOCE VIVER

Quantas vezes ficamos a nos perguntar como seria mais fácil não se notar, se perder no meio do tempo
dando evasão aos sonhos e se perdendo na solidão, do  quarto da sala  ou do jardim, se refugiando num aconchego sem manta e sem Carmim. Então poderíamos ser assim:

Doce como um doce
Doce de vida
Doce de solidão
Doce de açoite que eternizar meu coração
Doce de dengo
Doce de ternura
Doce de lamentos
Doce de pensamentos
Doce de amarguras
Doce de encantos
Doce de lágrimas que rolam no rosto
Doce lenço que sugar as lágrimas
Doce aperto de mão que solidifica uma ilusão
Doce olhar que se perde no tempo...
Que tênue firmamento
Como é bom sentir está ilusão...

Margarida Cabral

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TRANSFORMAÇÃO

Sinta, sinta, o teu calor
Que esquenta a pele
Que aquece o coração
Que esquenta teus olhos
Acendendo a luz da paixão
Iluminando o caminhar com solidez
Entre nichos de rosas que esplandece o teu viver
Se deita na relva deixa teu corpo adormecer
Fluindo na brisa morna do amanhecer
Sinta o vento soprar   nos teus cabelos
Fazendo com que fique embaraçados por inteiro
Deixa a chuva cair  torrencialmente sobre suas vestes
Sinta a purificação do teu corpo e alma
Acorde sinta a transformação que tivestes...



Margarida Cabral

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ser Oculto

Por mais que tu se escondas
Estais presente no meu caminhar
Entre estradas e estrelas fito o céu  e tento te buscar
A cada dia que nasce te vejo na manhã
Quando se aproxima o crepúsculo te vejo  ao anoitecer
Entre aquela estrela cadente perdida no infinito
Procuro um ponto de luz a brilhar
Como o verde de teus olhos que fica a cintilar
Esta busca insana  me faz retornar
Ao tempo passado que ficou no acaso da imaginação
Tudo não passou de uma encruzilhada que afligiu o meu coração...

Margarida Cabral

Riqueza de luz