sábado, 18 de novembro de 2023

Viagem

Nave do tempo 

Vertigem do ancoradouro 

Deslize de cada passagem 

No nevoeiro da cidade

Que abranda o  terreiro 

Sem ter pressa , não seja um simples passageiro 

Vai devorando a viagem 

Que passa pelo canteiro da vivência 

No cochilo da estrada

Sem ter cara de fantasia 

Segue aproveitando a alegoria que o viver te oferece 

Dando continuidade a maestria do tempo 

Não se sinta um espantalho na caminhada 

Desfrute do viver , seja aventureiro 

Na comédia da vida se detenha com os sabores

Do dia

Da noite 

Do caminhar descalço 

De tomar banho de chuva 

Até chegar na luminosidade da encruzilhada 

Que segue fazendo parte da estrada 

Nos sacodes que vai acordando você 

Sem temores 

Acordes que tocam o coração 

Na musicalidade da passagem 

Do chuvisco da manhã 

Abrindo caminho para a locomotiva de sonhos 

Que teimam em não fugir da estrada 




Margarida Cabral 





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