Semblante
Claridade do despertar
A circular em nalgum lugar
No picadeiro do circo
No banco da praça
Debaixo do chuveiro
Na estrada afora sem tempo de demora
Esculpida no desfiladeiro
Pedra sobre pedra
Na confiança do eu
Sem disfarce
Cara limpa
Enxágue de água
Com a vida que acalma
No cálice de ventura
A borbulhar na simplicidade
Do acreditar
No aconchego
Se vista de esperança
Que o nevoeiro vai logo passar
Escale a felicidade que pausa no coração
Abra um sorriso até despertar uma canção
Na evolução do semblante a irradiar alegria e contentamento
Margarida Cabral
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