Exaltação
Sopro que solta
Que pisa
Desassossego ...
Que se atrai por trás do nevoeiro
Nem sente o desgelo
Do sopro da montanha
A comprimir o celeiro
Se agasalha a contento
Pra não sentir frio novamente
Mas de vez em quando chega o frio d'alma
Que aperta o coração
Das apreensões recentes ou por vezes tardias
Podendo ser até relevantes
Mas logo se aquieta...nova caminhada chegando
Na floração do jardim
Renascendo o viver
Na inquietude do beija-flor a visitar cada flor
Exaltando o clamor de cada dia
Ressurgindo na cortina da vida
Margarida Cabral
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