Tempo
Tempo que passa faz uma ancoragem
Me calça
Me veste
Me despir
Faz uma zoeira
Sem da trela aos sentidos
Aguça os ouvidos
Ao som da alma
Que fala verdadeira
Sem se conter da lágrima
Se veste de calma
A exalar o cheiro de jasmim
Do campo florido
Da noite sem fim
Me despeço por inteiro
Por trás de um sorriso
Sem escorrer a lágrima
Que ficou contida no berço do coração
Margarida Cabral
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