quinta-feira, 9 de junho de 2016

LUZ DO TEMPO


Quando o alvorecer do dia chega clareia o olhar
Terço cada manhã com o recomeço de cada dia
E acoberto - me de lembranças
Oriundas de tempos com muita luz
Dos recantos da casa
Da rua sem calçada
Das brincadeiras atenuantes
Que se estreita no coração
Do banho de chuva na bica de casa
Ah! Saudades que exalam com muita alegria
Na subida das árvores que doce recordação
Tirava os frutos e saboreava
Frutos de manga,  caju e seriguela
Da escalação dos muros, do banho de tanque que era a piscina só na imaginação
Quantos lírios colhidos
Quantas rosas plantadas no terreiro do tempo
Que só transpira alegria
No canteiro adormecido que não retorna mais.

        Margarida Cabral

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