Quando te vejo andarrilho passar
Fico a repensar nos atributos do eco
Que entoa sons sem parar
No deslize dos pés
Que transita com os atropelos das pedras
Deslocando aqui e outro acolá
Vai, vai e não cai
Não trava no tempo
Corre campo sem desalento
Vagueia sem parar
Segue o destino do tempo no bálsamo do aconchego
Sem desvio de olhar
Se encanta com o tênue jardim
Que o arrodeio do vento criou
E na terra plantado não ficou...
Margarida Cabral
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