REBELDIA DO SER
Sem medo de vestir vermelho
E me contentar com o tempo
Com um olhar florido
Cheio de anuências ao amor
Sem contradizer com o recanto que a vida nos
reservou
Corre, corre o campo de lugares abertos na
busca de contentamento.
Não viras de lado e nem olharas para traz
para não se perder pelo caminho
Flutua-as no ar como se fosse beija-flor
Sacodes as asas sem vacilar nenhum segundo
para não perderes os saberes
Não deixe a temerância te absorver
Solte os ramos de flores por onde passares
Não importa quantos ficarem pelos caminhos
Saberás que algum deles se sustentará no solo
Tão translucido como o eco da voz a ressoar
Em canteiros infindos de benevolências
A transpirarem respingos de saberes na
vertente do templo sem causar nenhum temporal
Sentes o apoio dos pés fincados na terra
branda
E sentirás um novo amanhecer
Margarida Cabral - todos os direitos reservados
Margarida Cabral - todos os direitos reservados
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