domingo, 28 de fevereiro de 2016

NÉVOA DE CRISTAL


Névoa de cristal 

Névoa do tempo vê-me diante de ti
Com teu brilho mensageiro
Às vezes sinto - me altaneiro
Diante de tanta luz
Que chega até a seduzir
Me arrebito pelo caminho sem curvas
É só desalinho
Tento ordenar as fissuras
Sem deixar amarguras
Deixo -me envolver numa nuvem de cristal
Que me acalma e continuo a caminhar
Me deparo com o veleiro e tento acompanhar
Pra sentir a companhia e velejar em alto mar
Alegro - me com o cintilar das ondas
Que causam uma calmaria
E continuo a caminhar



          Margarida  Cabral

domingo, 14 de fevereiro de 2016

AMIZADE


Vaga o tempo
Vaga o olhar
Com sua amizade quero ficar
No enlace do vento
Na ternura sem tormentos
No mar azul a velejar
Sentindo o balanço das ondas
Com sua amizade quero ficar
Num jardim florido
Repleto de pássaros nos seus ninhos a cantar
E nos ouvintes a nos deliciar
Com o alvorecer do dia
Em tão boas companhias
Cheio de esperanças
A colorir o coração
Trazendo benevolência
A aglutinar sopros e risos
Ao nosso viver

       Margarida Cabral

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

VIVÊNCIA

Vivência 


Além do tempo
Por trás do monte
Me vejo diante da fonte
Que albergou com sapiência
Um ser eterno
Com fidelidade
Sem vaidade
Cheio de virtudes
Com dinamismo soube superar as dificuldades
Seguindo seu rumo
Com muito tino
Não se deixava abater
Soube plantar árvores frondosas
Vencendo desafios
Dedicação tiveste para com os seus
Viveu uma vida límpida
Buscando o alvorecer a cada manhã
E eternizando em nossos corações o seu viver

   Margarida Cabral 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

PLENITUDE



Sinta o amor
Sinta a canção
Em sintonia com seu coração
Amplie o olhar
Veja como é bom velejar
Na calmaria do tempo indo de encontro ao mar
Abraçando as ondas e navegar
Sentindo o mar revolto a te encantar
Abra os braços e deixe se levar
A um caminho encantado aonde se cruza o rio e o mar
Vai rio
Vai mar
Navega na trilha do tempo e me faz acordar

                 Margarida Tinoco Cabral

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ENCANTO DE MÃE


Encanto do tempo
Ternura no olhar
E tu aqui não estais
Com teu riso meigo
Com tua fala que acalma
Com teus olhos verdes
Saudade,  saudade que cai
Como uma neblina
Vai molhando aos poucos
O terreno do coração
Até surgi uma roseira
Como vi naquele sonho
Era uma rosa azul
Que trouxe tanta paz
Para amenizar a saudade
Que exala no peito

  Margarida Tinoco Cabral

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

ENCANTO






Foi , fui
Canteiro do tempo
Cara nova
Cara pintada
Cara serena
Cara sem espinho
Espelho do tempo cor de vinho
Sai inquieto pelo caminho
Se espelha ao vento
E não se sente sozinho
Mirar a estrada
Pernas pro ar
Desce a ladeira sem tropeçar
Sacude o cabelo e deixa avoar
E fica a perguntar
Foi,  fui
   Margarida Cabral

APOSENTADORIA



A alegria do tempo me faz sorrir
Pactos de liberdade quero sentir
Orvalho que sombreia o viver
Sensatez de dever cumprido
Elevação de alma e espírito
Neblina que passa molhando o tênue caminhar
Tudo se mistura com a saudade e alegria
Amadurece  com as vivências
Do declínio do tempo
Ofício de aptidões desempenhadas
Riqueza de experiências acumuladas
Influenciou cada dia
Atiça a liberdade


  Margarida Tinoco Cabral

   
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NATAL


Natal é amizade
Compreensão
Natal é tolerância
Articulação
Natal é amor
Paixão
 Natal é festa de todos
 Pobres e ricos
Natal é acreditar
Num Brasil melhor!

   




Margarida Tinoco Cabral

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NATAL


Se Alegre com o tempo
Se Alegre com o olhar
O Natal vai chegar!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

VIVÊNCIA



Vivência 


Salto o tempo
Corro para o abraço
De repente mergulho
Num enfático sofá
Estendo -me sem mistura
Tudo é uniforme
Sem lisura
Aplaudo o tempo pelo ontem
O hoje
O amanhã que chegará
Entre canteiros repleto de rosas
Cada pétala caída foram lições vividas
Que unidas formaram um buquê de flores
E eu aqui feito um beija - flor
A transferir sorrisos
A cada bom dia

       Margarida Cabral 


terça-feira, 24 de novembro de 2015

TOLERÂNCIA

Muitas vezes ficamos a imaginar
A exuberância do ser
Que nos deixa a relutar
Nas ilusões
Nos entremeios
Que nos agita o íntimo
Ficamos a saborear
No clarão que surgi cheio de esplendor
Que ativa a sensação de amor

Às vezes escondidos em nosso interior
Que transparece sem querer em ritmo ilusório
Muitas vezes guardamos este florescer
Sem transcender o real valor do ser

Fronteiras obscuras que não podemos alcançar
Ficamos omissos em nosso caminhar
De ventura com tantas indecisões queremos chegar
Tudo é tão irresoluto que retornamos ao nosso limiar
De vida, glória e prazer
Sem aflições com intenções

Relevância do ser mutante
Sem atingi-lo, pois estais tão distante
Sentimento arredio
Que me faz retornar
Embora involuntário me expõe ao vento
Sem deixar rastro de ilusão.

Margarida Cabral

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

AMOR DE CACHOEIRA




Quanto tempo gasto
Ao léu a distância ficou
E saiu saltitando em busca do amor
Amor de canteiro
Amor de flor
Amor de cachoeira
Amor de beija flor
Que canta e arrepia
No coração ditador
Alegre e aventureiro
Se dispensa com muito ardor
Atrelado ao encontro e desencontro
Suspira no dilúvio do amor

     Margarida Tinoco Cabral

terça-feira, 17 de novembro de 2015

VOCÊ


Você chegou
E me empolguei
Senti a poeira bater
E me agitei
Tudo foi lindo
Me aventurei
Dei asas ao vento
E balançei
Caminhei até fitei
Tudo cintilava
Me resguardei
Queria saí da rotina
Mas me esquivei
Num sopro do vento caminhei
Me encantei
Senti o tremou
Acordei e me aclamei
Vejo que o tempo se foi
E você caminhou
E sozinho fiquei

     Margarida  Cabral