segunda-feira, 29 de outubro de 2012

LUGAR


Tempo que passa inunda meu ser de tanta saudade   
Este chão tremulo que estremece ao pisar
São centelhas a fio que tento encontrar
Qual lugar que aflige meu coração com revoadas de retornos
Tento abraçar, aperto no peito só a saudade dá
Vejo o sol surgir em todo seu esplendor
São de esperanças que iluminam o córrego azul
Visualizo rios de lembranças que transbordam num frondoso jardim
Que se espalham em sementes que caminham  na terra do coração
Fazendo ressurgir a esperança que irradia entre luzes
Trazendo brilho e esperanças ao cotidiano viver
Sem deslocar mágoas e nem sofrer
Dando saltos de bem querer que se aninham no dorso da mão
Espalhando sentimentos como se fossem miolos de pães
Que aos poucos se difundem em templos de conhecimentos
Fazendo moradia no caminho do coração...
     


Margarida Cabral
     

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RECOMEÇO




Faça do riso um sorriso aberto
Com franco acolhimento sem menção de palavras
Gesticulai  os desejos que ficam às vezes despercebidos no vale do amanhã
Destempere o tempo como uma pena a flutuar
Veja cada dia como um recomeço de vida
Se invada de ações virtuosas
Inicie cada dia com um saudoso bom dia!
Não espere respostas, não faças  cobranças
Fertilize cada dia não veja o ontem
Mas se desfrute com cada momento que vivencias
Seja leve, mas sábio de soluções
Não deixe nada em borrões
Com o tempo podem ser destruídos pelas traças
Se revigore com as rosas que enchem os olhos de esperanças
Sinta a brisa da manhã bater no teu rosto
Com a suavidade do vento dando chances de repensar nos teus atos
Que algumas vezes ficam espalhados no terreno do tempo
Recolha-os um a um e notarás que existe ações  proveitosas
Só que não estavam em seus devidos lugares
Faça uma reflexão e tente adicioná-las na biblioteca do tempo
Sem constrangimento
Que tudo se organizará a contento...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

CORAÇÃO ENCANTADO




Pensamentos que sobrevivem ao tempo no longínquo terreno da memória
Que ficam a sublinhar o néctar desafiando os fios de luzes que ainda estão a brilhar
No céu real ou fictício brando no seu azul suave
Que deslizam em pensamentos sólidos, fazendo aglomerações serenas
Giram em torno de si em movimentos de vai e vêm
Soprando lembranças que ficam mais além
Do alcance das mãos
Se cercam de assessórios que adornam o teu caminhar
Ressurgindo em aclamação que nortenha  o coração
Nesta  viagem pelo  tempo
Sem nenhum arrependimento
Do templo florido que tanto desfrutou
Feito um tesouro encantado com jóias raras
Que brilhavam e ofuscavam o céu no seu esplendor
De anos dourados que lapidavam a juventude com teus sonhos encantados
Feito um conto de fadas a desvendar as estórias que faziam partem da tua vida
Presos ao um laço de fita
A espera de desatar este nó quando o tesouro que estava encantado 
Se desencantou com tanto brilho que teu coração se iluminou...

Margarida Cabral

domingo, 21 de outubro de 2012

DIA NACIONAL DO POETA 20 DE OUTUBRO " ORAÇÃO"


Dá-me a alegria
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua…
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Poesia eu fazê-la sua
“Eis minha carne e meu sangue!”
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração…
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza…
Mário Quintana

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SOMBRA DO TEMPO






Quantas vezes ficamos perdidos em contos do coração
Que se distanciam da razão
De lustres luminosos a iluminar o celeiro  do tempo
De vidros adornados por espelhos a visualizar o refúgio do coração
Sem ter que pedir perdão
Sombrear o tempo com lucidez
Rasteando os rascunhos que ficaram armazenados na alma da paixão
Querendo ocultar os desalinhos que fluíram em algum lugar
Não sei se do passado ou do presente
Que teima em retornar
Em sua delicadeza, sem ter cara de disfarce
Mas tendo asas para voar
Em um lugar iluminado com raios do presente querendo desfolhar o passado
Espalhando folhas que estavam refugiadas no coração 
Tudo são liberados com contentamento
Amadurecendo a seiva que alimenta o tempo
De doces lembranças
Que cobrem o chão, vitalizando os elos perdidos no coração...

Margarida Cabral

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Olhar interior