sábado, 19 de junho de 2021

Veleiro

 Veleiro 




Âncora que prende os pensamentos 
Que podem ir a nalgum lugar 
Seja no canteiro da praça 
No meio da rua ... no jardim  do coração 
Deixa se espalhar 
Na moldura do espelho 
À lumiar a passagem 
Dando gosto de viagem
Deixa o tempo passar 
Na magnitude da manhã 
No entardecer  renovado
 No  silenciar noturno
Tendo a pureza das ideias 
Que tramitam em contos de fadas 
Fazendo pouso no coração 
Canteiro noturno que alberga tantos sonhos
Deixa a noite passar e transpor o aconchego da manhã 
Sentir o cintilar do dia com o clarão do sol
 Suavizando de leve o rosto sem causar desgosto 
Aglutinando  alegria  

Margarida Cabral 








quarta-feira, 9 de junho de 2021

Ser você


 Ser você 


Encare o tempo 

Sinta o sorriso escorrendo  pelo  rosto brando 

Com o assoalho de contentamento 

Se ampare de ternura 

Frutificando o coração com o que há de bom

Ilumine a áurea da vida

Com cores  vibrantes 

Que enalteça   cada passo 

Sinta o teu viver por inteiro 

Cada gotículas de benevolência só fazem bem

Afagando a alma e o espírito 

Trazendo calmaria ao cotidiano

Se encante com você 

Com seus erros ou acertos

Deslize sobre os degraus que a vida lhe deu

Valorize-os 

Deixe a liberdade fluir 

Atente para a luz que ilumina o teu coração 

Alimente-a com suspiros esperançosos 



Margarida Cabral 

 


 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Caminhada


 Caminhada


Cântico do tempo 

Que sopra  indo de encontro ao vento 

No respirar pela caatinga 

Sem disfarce 

Arrebito de momentos 

Na neblina da memória a se renovar a cada  manhã 

Caminhando no declínio da estrada

Galgando cada passada como se fosse a primeira 

Diante do conflito interior

Que vai se alojando no peito 

Até se arrepiar de tanto amor 

Como se fosse uma miscelânea de  chocolate e morango 

Dando seletividade ao viver

De emoções 

Do agito do coração 

No empoderamento da caminhada

Sem perceber a exaustão 

Suspira o ar na inquietude da alma 

Não cai uma  lágrima 

No recanto da paixão 


                         Margarida Cabral 


quarta-feira, 19 de maio de 2021

Canto de mim


 Canto de mim


Labutando segue o teu tino 

Com  fantasia de menino

No garripar da estrada ensolarada 

Sem desvio dos atropelos 

Chutando uma pedra aqui outra acolá 

Seguindo na direção da batida dos pés 

Cai e levanta sem tanta tormenta 

Tudo segue teu curso até com uma certa cadência 

De livre escolha 

Das divisões 

Do livre pensar

No cadente caminho 

Sinto a floração logo ali

A encantar a beira da estrada 

Com entoada dos cantos de passarinhos 

A se deslumbrar  na paisagem 

Que fito feito miragem 

Na nuance do coração 

Que fica tão pequenino 

No semblante de cada estação

De risos

Choros 

Até chegar o verão com alegria no coração

         Margarida Cabral 


sábado, 8 de maio de 2021

Mãe


 Mãe 



É um jeito de tecer  carinho 

Uma flor contagiante 

Um riso de amor

Que se espalha na natureza 

Como um buquê de flor 

Fluindo benevolência 

Com tanto ardor 

Coração expandido a cada amanhecer 

Com o dote de ternura

Sapiência no viver

Caminho de luz

Enaltecendo  o teu ser

Na nobreza do tempo 

Sempre serás a rainha 

A contagiar os  corações 

Dos filhos seus 

                   Margarida Cabral 

 


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Asas ao vento


 Asas  ao vento 


Se crie , se encante com o teu ser

Não jogue fora o espelho da reflexão 

Se sinta por inteiro com paixão 

Aveludando o sorriso no eco 

Áspero tempo que envolve  seres distintos 

Dando continuidade ao viver em situações adversas 

Da espera inativa

Por uma clemência remota

Não adianta clamar

A escuta parece surda

Do querer esperançoso 

Da vaga lembrança 

De um futuro melhor 

Pisca a luz lá no alto

Sentindo o reflexo dos que quase rastejam o chão 

Querendo ser visto em qualquer dimensão 

Sem trapaças 

De olhos e ouvidos aguçados 

Na esperança de um novo alvorecer 


                    Margarida Cabral

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Brejo do tempo

 Brejo do tempo 


No disparo  do tempo vejo sinalizar o agora

O ontem se foi​

Lenços  de aceno pra o amanhã 

Na aquarela   vai se desenhando o cenário 

Se ilumine a cada manhã 

Sinta a luz do sol invadir a sua pele

Dissipe a energia  armazenada em você 

A  inércia fique distante do seu  ser

Cante uma canção mesmo desafinado 

Enaltece o viver com risos do coração 

Não  pareça um carretel de problemas 

Busque uma resolução 

De vez em quando dar uma espiada no espelho 

Veja como está a estação da vida

Sinta sua evolução 

No calor da alma que pode aliviar o coração 

Deixe sempre uma centelha  acesa

Para que o corpo fique em constante aquecimento 

Se livre das amarras 

Deixe a liberdade flui nos seus pés 

Com cara de renovação 


                              Margarida Cabral 



  


Olhar interior