Asas ao vento
Se crie , se encante com o teu ser
Não jogue fora o espelho da reflexão
Se sinta por inteiro com paixão
Aveludando o sorriso no eco
Áspero tempo que envolve seres distintos
Dando continuidade ao viver em situações adversas
Da espera inativa
Por uma clemência remota
Não adianta clamar
A escuta parece surda
Do querer esperançoso
Da vaga lembrança
De um futuro melhor
Pisca a luz lá no alto
Sentindo o reflexo dos que quase rastejam o chão
Querendo ser visto em qualquer dimensão
Sem trapaças
De olhos e ouvidos aguçados
Na esperança de um novo alvorecer
Margarida Cabral