quarta-feira, 28 de abril de 2021

Brejo do tempo

 Brejo do tempo 


No disparo  do tempo vejo sinalizar o agora

O ontem se foi​

Lenços  de aceno pra o amanhã 

Na aquarela   vai se desenhando o cenário 

Se ilumine a cada manhã 

Sinta a luz do sol invadir a sua pele

Dissipe a energia  armazenada em você 

A  inércia fique distante do seu  ser

Cante uma canção mesmo desafinado 

Enaltece o viver com risos do coração 

Não  pareça um carretel de problemas 

Busque uma resolução 

De vez em quando dar uma espiada no espelho 

Veja como está a estação da vida

Sinta sua evolução 

No calor da alma que pode aliviar o coração 

Deixe sempre uma centelha  acesa

Para que o corpo fique em constante aquecimento 

Se livre das amarras 

Deixe a liberdade flui nos seus pés 

Com cara de renovação 


                              Margarida Cabral 



  


sábado, 24 de abril de 2021

Vazio


 Vazio


Buraco do tempo 

Luz ao luar

Cegos de ilusões 

Que não se fazem sentir a realidade

Do que se passa na rua

Sem roteiro ou ensaio 

Dando voltas nos pensamentos 

Tento me achar 

No céu  estrelado

Outras vezes com ares de chuva 

Até cair um pingo aqui outro acolá 

Com o brilho do sol a lumiar  o rosto 

Diante do ofuscado momento 

Dou voltas nas ideias similar a um pião 

Acertando as arestas  

Pra não cai ao chão 

Tentando preencher o vazio que  aflora o coração 


                              Margarida Cabral 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Meu cantinho: Sensatez

Meu cantinho: Sensatez:  Sensatez Aguardo do tempo Ao  rugir do vento Dando sopro nas janelas  Acordando  o  entardecer  Feito ribanceira a  escorrer na ladeira  At...

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Sensatez


 Sensatez

Aguardo do tempo

Ao  rugir do vento

Dando sopro nas janelas 

Acordando  o  entardecer 

Feito ribanceira a  escorrer na ladeira 

Atiçando o bem querer  

Sacudindo  a poeira que fica contida no peito 

Disfarce de grãos mal resolvidos

Com tanta aflição 

Que chega de mansinho querendo adormecer o coração 

Que aspira por renovação 

Do viver físico em busca do fortalecimento    espiritual 

Olhando o revolto tempo

De pessoas a passar

Do invisível que continua a se dissipar 

E os crentes de espírito continua em oração 

Na esperança de um novo alvorecer


                          Margarida Cabral 

domingo, 11 de abril de 2021

Calma


 


Remanso tempo 

Eis- me aqui

No levantar da inquietude 

Do caminhar cauteloso 

Sem destempero 

Do dia

Do vento

Do tempo

Da  agitação do ser

Na leveza do acordar

 Do caminhar  renovado

Entre respingos da chuva

Na sinceridade do tempo contemplo o vasto céu                                              

Com o brilho das estrelas me sustento no infinito 

De espírito  cristalino 

No semblante  do riso

Que acalma a alma da fragilidade de cada dia

Acalentando a nostalgia acelerada no peito 

Suavizando cada momento que se espelha na esperança do ser


Margarida Cabral 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Pedaço do tempo


 


Que a palavra seja deslizante 

Atinja degrau  distante  

Na essência do que é bom   

Cruze a avenida

Não se canse das curvas

Mesmo em dia de chuva 

Deixe molhar o canteiro

Que floresce no coração 

Faça uma pausa 

Escuta, escuta

Uma canção ela pode até está longe 

Mas chega com vibração 

Dando sustentação ao vazio que ancorava no leito 

 Afugentando a saudade que se fazia presente no peito 

Dando lugar a um novo caminho   

Trazendo felicidade diante da maestria da saudade 

Fazendo a aurora da vida renascer 


Margarida Cabral 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Aparências


 Aparências 

Nevasca do tempo que corrói o sino

Da avalanche da caminhada  

Sem rumo na calçada 

Perdido lá  fora ...incerteza 

No surdo caminho aventureiro 

Um pé aqui outro acolá 

Tenta um agito

Na inatividade ocasional 

Espia o horizonte 

Acredita na luz 

Sossego

Cai a chuva

Relampejo 

Sonhos feitos nada desfeitos 

No vulto do tempo 

Aparição 

Transparência de desejos  

Alvorada respira

Dando continuidade ao florescer 

Com raios de contentamento 

Que ainda vive...

Margarida Cabral 

Olhar interior