segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Canteiro


Canteiro 

Sinto longe o olhar

Da leveza

Do arrepio

Da ternura

Do abraço

Dos caminhos

Quanto florescer

Que se aglutinaram

Na correnteza do vento

Que se agasalharam

No único nevoeiro

Remanso do tempo

Que se afugenta no terreiro

Num sublime canteiro


Margarida Cabral

Primavera







Primavera de caminhos floridos venho te encontrar
Para vivenciar este período de completo florescer
Deixem as rosas invadirem você
Não só o corpo, mas a alma, o coração
Se envolva com ternura e emoção
Espalhe as rosas
Doai rosas agregadas ao amor
Nem precisa ser atada ao laço de fita distribua-as
Ao seu amigo
Ao seu irmão
Faça uma corrente de rosas
Deixem flutuarem na ternura que mora no coração
Façam desembocarem entre rios e mares
Levadas pela correnteza que habita em teu ser
Que elas irão se desabrochando por onde passarem
Incumbidas de renovação
Que exalam vínculos de amizades e amores
Façam transparecerem com muita energia
Que vigore a cada dia como um caminho de flores

Margarida Cabral - todos os direitos reservados
-

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Refúgio




Em mim

Encontrei a estrada

Ah! Minha moça

Como é tortuosa a caminhada

De pedras a deslizar

Feito vertente de rio

Indo de encontro ao mar

Às vezes dá uma paradinha no caminho

Pura reflexão

Sem torna-se enfadonho

Só no suspiro da razão

Agito de vento que terce os pensamentos

Oriundos do pequeno refúgio que outrora fez morada no coração

E hoje voa com liberdade

Sem ilusão


Margarida Cabral

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Claridade




Lumiar terno

Calmo

Sereno

Leve

Solto

Que clareia com vigor o caminhar

De leves plumas

A flutuar

Na terra do pensamento

No florescer do raio de sol

A perpetuar a estrada

De campos floridos

Que agita o dia a dia

Com reflexões de benevolência

No tênue caminho


Margarida Cabral

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Ocultação





Me perdi no tempo
No deslize do amanhecer
Acordei nos acordes das
venturas
Com o aconchego do jardim
Que tão florido fez morada em mim
Lenço branco debruçado na janela
Ocultando as lágrimas dos sentimentos
Que passaram feito cachoeira
A transbordar no veludo mar
Sem mácula de choro
A suspirar na ternura do olhar
Que fica a mirar
Ocultando o longínquo tempo que me fez chorar


Margarida Cabral

terça-feira, 30 de julho de 2019

Suavidade

Suavidade 




Eu sou assim

Alegria do tempo

Que escorre com o vento

Clareando a cada amanhecer

Com a suavidade da chuva

No brilho do sol

Que vai semeando os pensamentos

Na vertigem da caminhada

Nos tropeços do cotidiano

Erguendo a cabeça pelos desafios

E pé na estrada continuando o tênue viver


Margarida Cabral

terça-feira, 23 de julho de 2019

Diversão




Pequeno

Grande

Laço

A

Sustentar o

Pescoço

Que

Gozação

Fios de tecidos

Compactados

De leveza

Sem obstáculos

De de puro fio sedoso

Que conforta

O giro

De vestígios 

Notícias 

Aglomeradas

Na cabeça

Do pensador


Margarida Cabral

Olhar interior