quarta-feira, 2 de maio de 2012

MÃE



Mãe é carinho
Mãe é amor
Neste nicho de pétalas
Que deságua em nosso coração
Iluminando de desejos o nosso viver
Guardiã incansável de cada ser
Sem ser mensurável no fazer
Celebridade digna de luz eterna
Que abraça com ternura cada filho teu
Tudo é igualdade entre elos e braços
 Que se compartilha diante de Deus
Vitória se conquista sem excitar
Compartilhar a verdade em cada lar
Amores doados amores recebidos albergando cada um
Guerreira incansável de lutas árduas  
Conquistas vitoriosas de glória e paixão
 Saudando teus filhos em união.

Saudades eternas.



 Margarida Cabral

segunda-feira, 30 de abril de 2012

GRAVURAS

Imagem de mim que fica a flutuar
Em gravura através do pincel do tempo
Começo a pincelar
A minha cara sem disfarce
Imagem viva que reflete cada tino
Sem distanciar do real fico a imaginar
Pintar o real
Pintar o imaginário
Pintar a cara
Que encara o caminhar
Mesmo sem denotar habilidade
Começo a pintar
O vento
O tempo
As rosas
Os animais
E assim me faz velejar pelo tempo...

Margarida Cabral

Meu cantinho: QUADROS

Meu cantinho: QUADROS: ILUSÃO Se faz presente acreditar Que suas mãos são capazes de realizar As ilusões do tempo Que flui no pr...

domingo, 29 de abril de 2012

QUADROS








ILUSÃO
Se faz presente acreditar
Que suas mãos são capazes de realizar
As ilusões do tempo
Que flui no presente
Não podemos guardar...


                                     

Tempo
Que passa atenuando o fazer
Dando asas ao querer
Sem desaguar em tédio
Ressurgindo do nada transformando -se sem mistério
Em cores que relevam o coração
Dando evasão ao tempo
Sem destino
Se doando em linhas
Que transborda em uma aquarela
Dando vida as cores do coração...

Margarida Cabral















Margarida Cabral

Quadros

O POÇO

DE PABLO NERUDA

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Compartilhado por Margarida Cabral

Riqueza de luz