segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tempo Vazio

Tempo que abraço me envolve com teu calor
Sentir o calor do vento esperando o anoitecer
Refúgio que contemplo no espaço vazio
De saudades
De solidão
De silêncio
De emoção
Conviver arrelio que me convence refletir
No destempero do tempo que não vejo ressurgir
Imensidão da noite que se alonga com o tempo
Sinto frio e procuro um cobertor  seja de lã ou de riso
Que fica incutido num jarro sem   flor
Que ficou ausente de pensamentos ... longíquos que tanto acreditei
Sinto o peito apertando de vivência não realizadas
De desejos findos que se perderam ao vento sem prisma de solidez
Hoje sinto as lembranças vividas com tudo que sonhei



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dignidade

Dignidade 


Você surgiu...
Anoitece e me faz sonhar 
Cobri-me com teus braços de ternura
Não consigo ter amargura
Só encontro felicidades
De saudade que me fazem tão bem
Alimenta meus sentidos deixando ternos e vivos
A contemplar o luar
Da lua crescente indo de encontro ao mar
Vou a busca do veleiro tendo forças para continuar
O meu viver singelo com muito apreço e belo no caminhar
Que alimenta minha alma  dando sustentação ao meu tudo...
Esplêndido é o viver sem amarras
Seguir livre nesta estrada infinda...
Com a convicção do viver...sem amargura do teu ser


Margarida Cabral 
Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 3 de setembro de 2011

Mergulho no Tempo

Mergulho do tempo 


Acreditar na vida
Na sorte
Acreditar no tempo... onde sopra o
vento
No deslizar da curva
No trecho que cruza esta estrada deserta
Olho adiante vejo o céu gritante a ficar na minha mão

Parece pequeno quando se afasta da imensidão com tantos  pensamentos
A  mergulhar  na imensidão 
Naquela água tão límpida tão clara que bate no peito sem desvio
Agita a alma é mais um desafio
De desejos e ilusões
De crescer ao vento sem pensar no tempo com hora marcada
Seguir em frente sem pensar no abuso do ouvidor ...
Que ficou além do norte a se mirar na janela coberta de flor
Num jardim de miragem  que fito no deserto sem mágoas ou dor
Tudo se acomoda conforme for
Dependo do espelho escondido que ficou opaco no seu visual
Trasnparecendo as migalhas guardadas no seu olhar
Que distantes ficaram a esperar na fé na crença do acreditar..

Margarida Cabral

Olhar interior