quinta-feira, 24 de julho de 2025

Riqueza de luz

Riqueza de luz Invade a selva do coração que segue clareando a estrada na crença de cada manhã reaviva o dia o preâmbulo do dia ilumina a escuridão com arestas de luzes rastejando o chão contemplando o vestuário do tempo com a riqueza que tranquiliza a alma a clareza percorre o templo do alvorecer fazendo revoada no jardim ... os espinhos florescem num lugar de luz me vendo calada restrita a meu casulo desencanto... miragem , desafio se abraça consigo dando voltas Involuntárias lágrimas que caem no rosto e molham sua mão são vazias, quanta tormenta no coração no disfarce da alegria que encobre a solidão com o despertar da luz que ilumina o eterno amanhecer . Margarida Cabral

domingo, 13 de julho de 2025

Vertigem do tempo



Vertigem do tempo


Descanso sano
Lamento, lágrima
Vegetação carente
Escorre  água
Dos crentes
Ah!  Que lástima 
Isolamento dos seus
Inexistência dos elos
Galhos que rastejam
Em terras áridas
Busca fertilidade
Perpetuando a raça
Mesmo de origem latente
Ou de origem aclamada
Corrente vazia
Que se perdeu na caminhada
Vejo o nicho quase vazio a beira da estrada

Margarida Cabral

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Olhar interior

Olhar interior aconchego de mim isolamento interior nada a dizer disfarce...nostálgico neblina a molhar o ocaso gritos a ecoar na montanha dos sonhos degraus pensantes topo a escalar encontro interior reflexões, dito e acolhedor muro a transpor caminhos a percorrer sentimento ilhados nuances a colorir desejos verdadeiros a florir folhas que espalham-se feito um redemoinho trazendo paz internamente deixando expelir os gritos ocultos no córrego do rio levando o esperançar da vida a mergulhar no encanto do mar com o balançar das ondas na consistência de um novo olhar Margarida Cabral

Viagem

Viagem Nave do tempo nda o terreiro Sem ter presVertigem do ancoradouro Deslize de cada passagem No nevoeiro da cidade Que abra sa , não seja um simples passageiro Vai devorando a viagem Que passa pelo canteiro da vivência No cochilo da estrada Sem ter cara de fantasia Segue aproveitando a alegoria que o viver te oferece Dando continuidade a maestria do tempo Não se sinta um espantalho na caminhada Desfrute do viver , seja aventureiro Na comédia da vida se detenha com os sabores Do dia Da noite Do caminhar descalço De tomar banho de chuva Até chegar na luminosidade da encruzilhada Que segue fazendo parte da estrada Nos sacodes que vai acordando você Sem temores Acordes que tocam o coração Na musicalidade da passagem Do chuvisco da manhã Abrindo caminho para a locomotiva de sonhos Que teimam em não fugir da estrada Margarida Cabral

domingo, 7 de julho de 2024

Manhã


 Manhã 

Na sutileza de cada dia 

No mormaço da manhã 

Abre-se um leque  venturoso 

No desperto mundo sã


Margarida Cabral

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Traje


 

Traje 


Vista-se de cores 

Vista-se de luz

Assopre o candieiro 

Deixe o queixume ir

Navegue entre rios

Navegue ao luar

Trazendo esperança no balanço das ondas 

Com suas espumas transformadas em flores 

Diante dos teus olhos deixa a luz chegar 

Clareando o canteiro indo ao istmo do coração 

Lumiando o terreiro indo para o abraço com emoção 

Na crença do tempo descreve a tua fé 

Transponha os anseios 

Troque as vestes a cada passagem 

Com sonhos novos

Renovando as páginas com novas escritas 

Dando asas ao vento 

No refúgio do arco-íris 

Contemplando o pote dourado 

Com o esperançar de cada vestes 


Margarida Cabral 


26/06/2024


sexta-feira, 21 de junho de 2024

Jardim do coração


Jardim do coração 



Refúgio dentro de você 

Busque uma aquarela de vários tons 

Que seja símbolo do amor 

Energizando o tempo 

Com ventos soltos cativo a cada momento 

Veja seu interior 

O jardim que fica no canteiro do coração 

De vez em quando ancore por lá 

Tecendo um novo florescer 

Com desejos de empatia e amor 

Que acompanhe o amanhecer 

Você viveu 

Se encantou 

Apaixonou-se 

Disse adeus 

O tempo voou

A argila do tempo se dissipou 

O olhar adormeceu 

A esperança continuou 

As velas acenderam 

Lumiando o terreiro 

Com luzes de contentamento 

A se perderem pela estrada

Florescendo o viver com pétalas de risos 


Margarida Cabral 


 

Riqueza de luz