quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Distância


Gira,  girassol
É só diversão no paiol
De casa escondida
De casa  amostra
Que se vê no longínquo olhar

A saudade bate no peito e aconchega -se
Fico a mirar
Na lagoa distante com teu brilho azul
No monte que não chego lá
 
Margarida Cabral

domingo, 20 de novembro de 2016

Consciência


A razão do querer atrelado ao existir
Acreditar em você
Com tanta benevolência sublinhando cada degrau
De coragem
De determinação
De crenças
Que enaltece o veleiro do tempo
Entre um nevoeiro e outro vai construindo
teus pensamentos
Colorindo rostos verdadeiros sem disfarce
Para ser vistos sem miragem
Sem ser marcados pelas tatuagens pois são verdadeiros
Oriundos de paisagens que brilham feito um cristal 
Iluminado cada espaço sem esquecimento 
É só chegar um vendaval que  se fazem presentes 



 Margarida Cabral

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Vento


O tempo passa
Voa similar ao passarinho
Quando olhamos para o lado exauriu-se
Não tem retorno
O vento passou
A chuva se foi na enxurrada
Já molhou o celeiro
Inundou o canteiro
E floriu rosas
Aguçou os sentimentos abrandando o coração
A caminhada já foi corrida
Hoje mais passiva saboreando o florescer do tempo
Com o brilho do sol iluminando o viver

    Margarida Cabral

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cânticos de vida


Quem sou eu diante do acalanto da noite
Refugiar-se no clarão do dia
Sem prender-se pela  fantasia
A espera de cânticos
Que ecoam límpidos sem disfarces
Na solidão da mata
No lugarejo distante
Que fica bem ali atrás do monte
Fazendo curva na estrada
Indo de encontro a cachoeira na beira do caminho
Ouvindo o canto da passarada
Que alegra a nostalgia até fazer ecos de felicidade
Subindo o monte no ápice do entardecer
Revigoro a alma dando continuidade ao dia
Sem clamor ou agonia

                Margarida Cabral

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Realidade


A alegria do tempo
O agito do caminhar
Paro um pouco
Olho ao redor
Quantas desavenças
Desequilíbrio, quanta indiferença com teus irmãos
Ambição que derrete com o vento
O solo fica úmido, tantas lamentações
Falta a escuta
Tanta soberania
Falta a humildade
Quanto egoísmo
Que rasteja pelo chão
Com o desalinho não sei se teremos superação
Fito a miragem daquele pôr de sol
Que ainda respira
Na esperança de um viver melhor

      Margarida Cabral - todos direitos reservados

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Luz do tempo


Luz do tempo
Claridade de névoa
Que respinga no celeiro
Com tanta luz
Que encandeia
Clareia, semeia
Reluz, seduz e conduz
A elevação do templo
Da espera
Da procura
Da aceitação
Da lágrima que escorre pelo rosto desnudo
Mas o clarão do tempo volta a  lumiar -te
Com perseverança a travessia do tempo

    Margarida Cabral - todos os direitos reservados

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

INICIAÇÃO



Guardo em mim o refúgio do tempo
Que ancora ao vento
Sem perder o destino da revoada
Bate vento no celeiro do coração
Alternando a teimosia que destila em palhas remotas
Aguça as traças que lapidam páginas perdidas na imaginação
Tênue tempo que invoca a vivência
A sedimentar por ariscos córregos
Dando crença sem turbulência
Fazendo acreditar num novo começo


       Margarida Cabral

sábado, 20 de agosto de 2016

AURORA

Aurora 




Rios,  campos,lares
Verdes lírios a brotarem
Busco refúgio em algum lugar
Com laços que fertilizam além do tempo
Que se encurrala com o vento
Fazendo redemoinho que chacoalha o coração
Águas que passam rente aos pés
Cintilando o alvorecer
Na certeza de um querer sem sombras
A coroar o viver

       Margarida Cabral

sábado, 13 de agosto de 2016

DIA DOS PAIS


Sentei,  pensei e fiz uma reflexão
Quando a tristeza chega a seu coração
Busque a luz das estrelas e faça uma caminhada
Por dentro do seu coração
Atiçando as fibras fazendo vibrarem
Encontrando a esperança do tempo
A cada batida deixe insinuar -se
Mesmo quando a saudade chegar
Quando a lágrima cair
Enxugue-a pois não será a última
Mas a benevolência do tempo acalma o coração
Das saudades verdadeiras que vão e vêm

          Margarida Cabral

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

RECORDAÇÃO DE MAMÃE


Jamais esqueço a calma que abrandava o coração
O sorriso meigo que transpirava ternura
As palavras suaves quando precisávamos de socorro
O olhar verde que se confundia com o mar
A pele tão límpida como a paz que exalava
A minha doce e eterna mãe
Como é difícil não conviver mais contigo
Mas temos que suprir esta ausência
Que dá tanto aperto no coração
Foram tantas lembranças boas
Que a tristeza nunca se aconchega
Agradeço a Deus por ter tido a graça de conviver com uma pessoa tão nobre
Que na sua simplicidade acolhia a todos sem distinção




Margarida Cabral

domingo, 31 de julho de 2016

RISO


O riso que me compõe
O riso que me afaga
Esqueço a tristeza
Só sinto alegria quando este riso se instala
Riso de superação que anima até a alma
          Margarida Cabral

terça-feira, 26 de julho de 2016

LIBERDADE DO TEMPO

Liberdade do tempo

Onde estará
Como encontrar
Respingo do tempo
Quero encontrar
Entre paredes
No ar livre
Na casa caiada
Cheia de estampas a colorir o céu
Tudo fica girando feito um carrossel
Sem figuras de papel
Que ao sol rebenta em raios de luzes
A clarear cada pisada
Sem afugentar a passarada
Que livre levita no ar
Sem nenhum incômodo

       Margarida Cabral

quinta-feira, 21 de julho de 2016

ABRAÇOS


Abraços do tempo quero sentir
Vê o tom de suas cores ressurgirem
Em um copo ou taça de cristal
Com sua transparência sem igual
Tudo fica tão nítido
Diluindo na memória as lembranças
Que fertilizaram por tantos anos as terras do coração
E continuam a brotarem na certeza de eclodirem
Do mágico ao imaginário até se concretizar

Entre filtros que delineiam o viver


                             Margarida Cabral

domingo, 17 de julho de 2016

ALEGRIA

Sinta o tempo
Sinta o olhar
Sinta a vida a transbordar
Entre rios e riachos e comece a navegar
Sinta a areia a teus pés se livre do atoleiro e caminhe
Com o vento,  com a chuva
Não pare...
Tudo tem tanta luz e altivez
Não deixe a tristeza do tempo fazer parte de ti
Revigore o espírito numa cachoeira e sai por aí
Ainda existe caminho a seguir
E muitos tijolos de alegria a construir

         Margarida Cabral

terça-feira, 12 de julho de 2016

domingo, 10 de julho de 2016

sábado, 9 de julho de 2016

Que o canteiro do tempo flua com as rosas com muita alegria!

                           Margarida Cabral

terça-feira, 5 de julho de 2016

AMOR





Amor de que
Sem agonia
Que alimenta-se de verdade noite e dia
Range o vento e passa entre as folhagens
regando cada flor
Sem enfado das lembranças
Norteando cada dia com intenso amor
Acorde de fluídos de benevolência
Que se unem a imensa sapiência
Aglutinando cada dia de puro sabor
Degustando cada momento
Num jardim coberto de flor... 


quinta-feira, 9 de junho de 2016

LUZ DO TEMPO


Quando o alvorecer do dia chega clareia o olhar
Terço cada manhã com o recomeço de cada dia
E acoberto - me de lembranças
Oriundas de tempos com muita luz
Dos recantos da casa
Da rua sem calçada
Das brincadeiras atenuantes
Que se estreita no coração
Do banho de chuva na bica de casa
Ah! Saudades que exalam com muita alegria
Na subida das árvores que doce recordação
Tirava os frutos e saboreava
Frutos de manga,  caju e seriguela
Da escalação dos muros, do banho de tanque que era a piscina só na imaginação
Quantos lírios colhidos
Quantas rosas plantadas no terreiro do tempo
Que só transpira alegria
No canteiro adormecido que não retorna mais.

        Margarida Cabral

quarta-feira, 8 de junho de 2016

domingo, 5 de junho de 2016

ANDANÇA

Andança 


Retrato do tempo que me conduz
Há um lugar de muita luz
Sinto o pulsar dos anos
Das crendices de criança
Do alvorecer da juventude
E do caminhar da maturidade
Sinto o nevoeiro do tempo
Fito sem precipitação
Ainda existe muito o que velejar
Entre canteiros e roseiras volto a repensar
No que fui
No que sou
No amanhã aveludado
Naquele cantinho que falta aprimorar
O tempo pode até exaurir -se
Mas o código do caminhar quem dita é você
Com maestria escolhe o tom que queres
Se é azul ou amarelo ou um vasto arco-íris
Que atiça a  iris a colorir o interior
    Margarida Cabral

terça-feira, 31 de maio de 2016

CAMINHOS



Avança o tempo no arvoredo
Enrosco-me no tédio
Aventuro-me pelo celeiro
Ah!  Canteiro de luz
Levanto o pó sem ter temor
Arisco-me pela areia e agito até a poeira levantar
Com um sublime olhar
Nas tendas do tempo
Que faz-me flutuar
Entre rios e riachos
Estendo os pensamentos num tênue caminho
Aventuro-me pela ladeira sem parar
Aí chega o cansaço então volto a silenciar
Sem impor regras ou costumes
Deixo-me levar
Por caminhos virtuosos
E jogo-me no mar
Com teu azul brilhante continuo a me aventurar
Entre a solidez do tempo
Deslizo-me na rua indo dá de cara com a lua
Permaneço a caminhar

      Margarida Cabral

quarta-feira, 25 de maio de 2016

SERTANEJO


Casa, caatinga, doce olhar
Pastagens verdes a mirar
Sol efervescente a brilhar
Correnteza do rio a desembarcar
No vilarejo,  na montanha e no mar
Deixando tudo verdinho para o arado
Pega a enxada e começa a cavar
No sol queimador a pingar o suor pra lavar a testa
Mas o sertanejo é valente e persiste no seu plantio
Com a esperança de uma boa colheita
De milho,  batata e feijão...
E começa a comemoração com muita sanfona
Pra sacudir a poeira
Com seu eterno forrozão

         Margarida Cabral

terça-feira, 24 de maio de 2016

REFLEXÃO INTERIOR


Quando cresci queria ser forte
Feito uma Fortaleza
Cercado de monumentos feito de tijolos
E não de papel
Hoje vejo -me diante de pedrinhas
A tecer pequenas mais valiosas coisas
Tendo a chance de escolher
Da rocha ao molusco
Quanta grandeza pra apreciar
Sem desvirtuar das escolhas que apresentam-se diante de mim
Nem tudo é cristal
Mas posso tentar angariar
Até imaginar
As pedrinhas que tento seguir

     Margarida Cabral

terça-feira, 17 de maio de 2016

POESIA



Na poesia encontro - me
Faço - me respirar
No respingo da chuva fico a sentir
Na lágrima que cai
No riso solto
Que supera qualquer tristeza
Nos desejos contidos e realizados
No pôr do sol que ativa o viver
Com tua luz brilhante
Exalando energia pra continuar...

     Margarida Cabral

CAPA DO MEU LIVRO

Uma publicação da editora Dellicatta

ALMA ILUMINADA

Casa ,alpendre pra debruçar os pensamentos
Com muita luz
Tudo me leva a te Jesus
Garimpando pelo dia que temos que aventurar
Sem nenhuma melancolia tenho a te pra mim lumiar
A luz que vêm do infindo céu
Tão nobre e verdadeira
Me migra na centelha do olhar
Sem trapaças ou entrelinhas
Com o coração nobre
Sem desilusão
Com a certeza de escalar o monte e velejar nesta luz

      Margarida Cabral?

domingo, 15 de maio de 2016

Apreciação

Apreciação 


O tempo e vento me faz caminhar
Um passo aqui outro acolá mas chego lá
Me empolgo com o dia
Com o teu clarão brilhante
Que lumia a mente
E fico a acariciar
As lembranças oscilatórias
Não é dengo nem exclusão
São como pingos de chuva
Pra molhar as recordações
Que vão se empilhando aos poucos
E fico a vasculhar
A ternura
O olhar
O acordar longínquo
Que altivo despertar
Com a solidez do tempo
Que encantamento
Chacoalhando os folhetins
Que estavam a dormir

         Margarida Cabral

sexta-feira, 13 de maio de 2016

MEMÓRIA


Divino se diz
Divino se faz
No decorrer do tempo aguça muito mais
Nas entrelinhas do tempo
No afugentar do percurso
Enobrece o brilho
Enaltece o olhar
Na linha imaginária do horizonte
Ergue a mão nos folhetos jogados ao vento
Busca a ternura e o olhar
Selecionando alguma centelha pra te avivar
A memória
O coração
Que às vezes se perdem no tempo tragando alguma ilusão
Do virtuoso sem sedução
Lapidando resíduos pra não magoar o coração

         Margarida Cabral

sábado, 7 de maio de 2016

MÃE


Mãe é ternura
É o olhar longínquo que não tem hora de acabar
São os ensinamentos infindos
É ter sempre o coração aberto repleto de esplendor
É o nicho acolhedor
Aonde habita o amor
Mãe é como pétalas de rosas
A colorir cada filho com sua gratidão
É a paciência sem igual
Tem uma sapiência sem nenhuma graduação
Que todos nos alocamos no coração

          Margarida Cabral

quinta-feira, 5 de maio de 2016

TEMPO VERDE


Vê um tempo verde
Vê um tempo de luz
Acreditar na vida
Ter fé em jesus
Acolhe um amigo
Acolhe um irmão
Acredita em ti
No verde do coração
Dá um suspiro que o verde ressurgirá


          Margarida Cabral

domingo, 1 de maio de 2016

MOMENTOS




Chega de pensar
Chega de refletir
Caminhas sem destino
E deixa  seguir
Entre rios e cascatas
Onde os pássaros passam em revoadas
E deixa  seguir
No florescer do tempo
Entre rosas e roseiras
Pelas ruas sem calçadas
Acariciando a areia no toque leve dos pés
E deixa seguir
Até a água da fonte
Que nos leva ao monte pra mirar o pôr do sol
Tomar banho de cachoeira
Passear de charrete descendo uma ladeira
Subir a ribanceira num fôlego só
Mas deixa  seguir

     Margarida Cabral

sexta-feira, 22 de abril de 2016

SER POETA

' Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do 
que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um... - Florbela Espanca http://pensador.uol.com.br/frase/ODY1MDM
Compartilhando!

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

VAI TEMPO


Devora - me o tempo
Agito,  calmo
Quem diria
Que o nostálgico vento
Poderia ser uma ventania
De crença
De calmaria
De esperança
Passa vento segue teu curso
Entre as folhagens sem miragem
Com o esplendor do dia
Sem agonia
Faz uma plumagem de luz
Pra lumiar o vento na tua passagem
Levando -nos ao ápice do alvorecer

         Margarida Cabral

segunda-feira, 11 de abril de 2016

RIQUEZA DO TEMPO


Nada é tão belo
Nada não tem tanta luz
Como o limiar do tempo que nos conduz
As reflexões do hoje, do ontem e do amanhã
A serenidade do tempo que caminha com o vento
Faz o desabrochar das rosas em várias cores
Com sentidos diversos  no tênue caminho
Não importa se existe uma encruzilhada impedindo a passagem
Segue o teu curso sem desdém
Se arrebita
Se encanta
Se deixe seduzir
Que o florescer do tempo a de vir...

          Margarida Cabral - todos os direitos reservados