sábado, 20 de dezembro de 2014

sábado, 15 de novembro de 2014

CITAÇÕES



Acredita no tempo
Acredita no templo
Dá crença ao vento
Arrebita no olhar
Sai da cortina
Desarma o silêncio
Não se envergando ao caminhar

        Margarida Cabral

domingo, 26 de outubro de 2014

FILAMENTOS DO VENTO

Gira o tempo
Solta o laço
Engana o vento
Sai do compasso
Afugenta as traças
Sai por abraço
Sacode o lenço
Que até então dava voltas no pescoço
Sem contentar não restará nenhum osso
E se livra do alvoroço
Que prendia o pé no calabouço
Mas que desgosto
Sem revelia
Vaga o tempo do templo
Do temporal
Arrebita as asas e voa em frente
Que o labor será sem igual...

                              Margarida Cabral



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Meu cantinho: PENSAMENTOS

Meu cantinho: PENSAMENTOS: A imagem do tempo flutua ao vento no labirinto de cada dia!                                                                   ...

PENSAMENTOS






A imagem do tempo flutua ao vento no labirinto de cada dia!
                                                                                      
                                Margarida Cabral





terça-feira, 16 de setembro de 2014

Arranjo do tempo


                   
Arranjo do tempo

Quando sinto o tempo passar acredito num novo olhar

De olhares serenos

De vibração pretensiosa

De credos aguçados

De seres viventes e compromissados

De seres andantes nos seus fazeres

Que arrebita no tempo

Sem sopro de ilusão

Sentindo os pés se firmarem num rochedo azul

Onde uma nuvem de poeira cintila

Dando evasão aos seus pensamentos que não rolam soltos

E bocejando no livre querer

Que atiça o ego no monte do viver

Translúcido chacoalha o caminhar

De renascimento de ideais

Que mira na luz oriunda de pétalas de rosas

A colorir o jardim

Com diamantes, safiras a ordenar o canteiro do tempo.

Num prisma de tonalidades diversas

Alocados num mesmo pedestal

Sem sucumbir o horizonte

Ficando a brotar rosas de amor...


                                 Margarida Cabral

   

terça-feira, 19 de agosto de 2014

NOITE



Tarda noite a chegar
Na interpestancia da temporada 

Anunciou a tua morada
De vilarejos soltos
Campos verdes
Luzes que refletem o bendizer
Com carma e euforia
Se solta no tempo
Lança tua cabeça ao vento
E te solta nesta calmaria
De encantos
De euforia
De vertentes que abrem caminhos
No sólido coração
Se apaixona
Margarida Cabral

quarta-feira, 23 de julho de 2014

REMOTO

Nada mais sei.    
Nada  mais sou

Entre canteiros e espinhos
Encontrei o amor
Braços dados
Mãos revoltas
Não ti atices
Deixe o mormaço do tempo passar
E voltas a entoar
Na sutileza do vento
No rebento
No despertar do dia
Na angústia do entardecer
No calar da noite
Continuo a entoar
Nada mais sei
Nada mais sou
Num mar revolto dissipo o amor
               Margarida Cabral

terça-feira, 8 de julho de 2014

Conversa ao vento

Como posso ser uma majestade se nem rei serei
Como posso desencantar
Como posso superar
Se nem lutei
Como posso prosseguir
Navegar pelo tempo
Fazer da crença o clamor da verdade
Como posso ter credibilidade
Se no afugentar das luzes me entreguei

                    Margarida Cabral


sábado, 31 de maio de 2014

EM MIM



                                   EM MIM



Visto-me no tempo
Olho o luar
Caminho descalço
Não deixo a chuva passar
Molha, molha chuva.
Encharca-me por inteiro
Cobre-me com teus pingos aveludados
Que faz meu corpo transpirar
Com tanto respingue
Tenho desejos
De me atiçar ao vento
Vê este tempo sem encontrar o ponto final
Correr pela ladeira
Ir de encontro à ribanceira
E deixa este vento me levar
Continuo a caminhar
Ouvindo os cantos dos pássaros
É só no quintal chegar
Aconchego-me no firmamento fitando o teu azul
E me sinto norteado com tanta beleza
Que ainda exala a natureza
E continuo o meu caminhar...

                                                               Margarida Cabral

terça-feira, 20 de maio de 2014

DELÍRIO



                    



Canto de casa
Brisa de sofá
Vai de encontro ao tempo
Tento renovar
Nas vestes do corpo
Nas vestes da alma
Nas vestes do espírito
Nas vestes das amizades
São desafios fio a fio
Como gotícula de chuva
Tão escassas que nos faz delirar
Na busca da ternura
Do olhar
Das palavras verdadeiras
Sem facetas de o exímio olhar
Ah! Delírio de tempo que transparece na câmara do tempo
Arredio mesmo sem querer
Não te deixe levar pelas migalhas que soam ao vento
Se atice com teu contentamento
Sente na cadeira da sala
E sinta a luz a te lumiar...

                                        Margarida Cabral