terça-feira, 28 de julho de 2015

SABERES


Sabe,  sei
E então o que direi
Na neblina do tempo atropelo o vento
Acaricio os saberes
Nesta soberania do sabe,  sei
Citações daqui outras acolá
Se desliza entre os dedos feito fardos de saberes
Escalando a vertente do penhasco
Sem submergir ao disfarce do tempo
Ress
urgindo a cada amanhecer
Ao brilho do sol a colorir os saberes
Que resistem ao cansaço do caminho
De tantas idas e vindas que não romperam o laço
Nada foi perdido nem iludido
Tudo se transforma num leque de luz



         Margarida Tinoco Cabral

segunda-feira, 27 de julho de 2015

SORRISO


Ria de mim
Ria do tempo sem acalentar
Se vista de risos até gargalhar!
De voltas ao vento e faça o riso transpirar
Não solte o remo veja o mar
Sinta a onda se envolva com a espuma
Deixe o riso se soltar
Entre no barco sinta o velejar
A suavidade das ondas deixe -se balançar
Abra um sorriso
Aperte as mãos
Veja um nevoeiro caminhando em sua direção
Sinta a solidez
Pise bem forte no chão
Acaricie o vento com o riso do coração.

          Margarida Tinoco Cabral


quinta-feira, 9 de julho de 2015

ÂNCORA DO TEMPO


                                                     







Não sei se canto
Encanto! Deslizo no olhar
Cativo ordeiro a pestanejar
Agito do tempo girassol
Névoa branca reluzente parece um farol
Que Lumia a entrada do jardim
A transbordar rosas, pinheiros e jasmim
Em busca de um acalanto só pra mim
Respinga o tempo
Respinga o olhar
Vejo aquela nuvem
Que rasteja o caminhar
Ancorando o tempo que desliza entre os dedos
Feito papel sanfonado
Que vai se espreguiçando até distanciar do passado
Corre tempo, corre dia
Tira do meu peito essa agonia
Deixa a âncora do tempo fazer parte desta magia...

                                                                Margarida Tinôco Cabral