terça-feira, 30 de junho de 2015

TRAÇO

TRAÇO
Traço tempo traço vento
Lembro do trigo
Que aflora o solo
Colo amigo que acalma
Acalanta o ser
No respingo da ladeira
Saiu a deslizar
Esbarrando no crepúsculo
Sem ser empecilho de florescer
Me desnudo com a relva
A florir o coração
Fazendo massagens sem ser miragem
Atenuando o tempo de cada passagem
A colorir o além do amanhã.
   

      Margarida Tinoco Cabral






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quarta-feira, 10 de junho de 2015

REBENTO

REBENTO
Vai caminha se desliza pelo tempo
Tal qual o vento não retornas mais
Acaricia cada passagem
Tudo parece uma miragem
Mas o rebento dos anos se agregam
Transpassa a ventania
O entorno é só harmonia
A gotejar no telhado que não se fragilizou
São gotas cristalinas a memorizar a linha do tempo
   Margarida Tinoco Cabral

quarta-feira, 3 de junho de 2015

ANOS VIVIDOS

 Anos que passam acalenta o meu ser
Entre névoa e canteiro caminho sim
O tempo vai se gastando e ficamos a assimilar
Não é só um nevoeiro são fios de luzes que acendem a cada passagem
De vida
De caminhada
De encontros
De desencontros
De saberes assimilados e dissipados
Tentamos ajustar o tempo pra não desgastar
Atenuando cada passagem como um canteiro de rosas aproveitando o momento do desabrochar das rosas
É como fosse o florir da juventude
Que vai se exaurindo com o cai das pétalas
Revitalize o tempo a cada manhã
Respire profundamente sentindo o aroma de um novo dia
Agarre a garça pela manhã
E viva o tempo sem desperdício!





Margarida Tinoco Cabral

terça-feira, 2 de junho de 2015

TEMPO

Tempo verde
Tempo azul
No arco-íris velejo em tuas cores
Ávido de esperança
Na crença do viver continuo a navegar
Piso aqui, piso acolá
Marcando com flores o caminhar
Me encanto com cada amanhecer
Que me enche de luz o viver
Entre traços de tempo vastos
Que se agita no meio de flores
Contínuo a acreditar
No tempo reimoso e faço tudo pra este sonho acordar.

                Margarida Tinoco Cabral