sábado, 31 de maio de 2014

EM MIM



                                   EM MIM



Visto-me no tempo
Olho o luar
Caminho descalço
Não deixo a chuva passar
Molha, molha chuva.
Encharca-me por inteiro
Cobre-me com teus pingos aveludados
Que faz meu corpo transpirar
Com tanto respingue
Tenho desejos
De me atiçar ao vento
Vê este tempo sem encontrar o ponto final
Correr pela ladeira
Ir de encontro à ribanceira
E deixa este vento me levar
Continuo a caminhar
Ouvindo os cantos dos pássaros
É só no quintal chegar
Aconchego-me no firmamento fitando o teu azul
E me sinto norteado com tanta beleza
Que ainda exala a natureza
E continuo o meu caminhar...

                                                               Margarida Cabral

terça-feira, 20 de maio de 2014

DELÍRIO



                    



Canto de casa
Brisa de sofá
Vai de encontro ao tempo
Tento renovar
Nas vestes do corpo
Nas vestes da alma
Nas vestes do espírito
Nas vestes das amizades
São desafios fio a fio
Como gotícula de chuva
Tão escassas que nos faz delirar
Na busca da ternura
Do olhar
Das palavras verdadeiras
Sem facetas de o exímio olhar
Ah! Delírio de tempo que transparece na câmara do tempo
Arredio mesmo sem querer
Não te deixe levar pelas migalhas que soam ao vento
Se atice com teu contentamento
Sente na cadeira da sala
E sinta a luz a te lumiar...

                                        Margarida Cabral



segunda-feira, 12 de maio de 2014

SAUDADE

Saudade
O tempo passa rápido, sem percebermos
Mas a tua presença, o teu perfume
Isso não cessa, Jamais
Eles continuarão presentes
Como permanece vivo
O teu amor.
Vem querida, novamente,
Me abraçar e aconselhar.
Estou aqui, Sozinha a te esperar
Quero escutar, nem que seja distante,
A tua voz
Sentir as tuas mãos
Ternas a me acariciar
Vem, minha estrela guia,
Clarear minhas caminhadas,
Por vezes tortuosas.
Vem alegrar minhas noites
E fazer sorrir, novamente,
Este coração triste
E enxugar estas lágrimas de saudade

Autora Natalina Cabral
Para a minha saudosa avó... Mesmo não estando entre nós, ela permanece sendo mãe!

domingo, 11 de maio de 2014

MARIA



         


Nasceste num mês de muita luz
Com o desabrochar das rosas
Com o cantar dos pássaros
E o caminhar da correnteza do rio
Tens uma áurea de muita luz
Acolhedora com tua prole
É um cuidar infindável que dissemina para os que estão ao seu redor
Mãe prata
Mãe de ouro
Tens um valor imensurável
Que qualquer qualificativo ficaria minúsculo diante de tanta grandeza
Dinâmica por natureza
Vaidosa como ninguém
Veste-se de gentileza
Não imaginas a nobreza que tens
Faz da tua coroa uma simplicidade de luz
De um caminhar com esperteza distribuindo gestos de amor sem discriminar ninguém.
Segue tua caminhada oh! Maria
Sem dá trelas pelas pedras que encontrar
Dar continuidade as boas ações que nascestes com elas
E hoje tudo se torna real pelo encanto do teu caminhar
Continuas com tua rota imensurável de leveza
Que só os que reinam têm
Espalhando risos e flores
Que tu fazes como ninguém.

                Poesia escrita em homenagem a minha sogra, pelo seu aniversário e dia das mães.
                                              Margarida M