quarta-feira, 2 de abril de 2014

CANTO DE LIBERDADE



Canto, falo, grito
Estou querendo me ouvir
Sentir bem forte cada batida do coração
Me jogar numa nuvem
Nem que seja pura imaginação
Mas quero me ouvir
Sentir o silêncio da noite
A sussurrar no meu ouvido
Quero escrever versos sem rima, sem estilo
Prosar com o tempo sem dar importância ao exterior
Mas quero me ouvir.
Sentir o néctar da vida
Tendo a liberdade de um pássaro
Sem amarras, livre de agendas.
Quero me ouvir
Ver aquela estrela cadente sobrevoando o céu azul
Dormir um sono tranquilo sem expectativa de fazeres do amanhã
Quero me ouvir
Cavalgar em pensamentos esperançosos
Desviar-me das obscuridades
Quero a liberdade
Quero me ouvir.

Margarida Cabral

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