sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONVERSA AO VENTO



Meu cantinho é meu aconchego, o meu tudo ou o meu nada que às vezes se desagua em lágrimas quando dou volta pelo tempo, tudo reluz como um firmamento de inúmeras estrelas como se fosse cada  etapa de nossa vida tão corriqueira.Digo também que é o meu bem querer de acreditar em tempos melhores sem desviar o caminho de esperança que acolhe o vento aglutinando os seres num dilúvio de amor.
Margarida M Tinôco C Souza


Cantinho aonde me chego e ficou a imaginar no tempo que se foi e tento relembrar com vaidade e saudade de voltar , porém vamos retornar a realidade e se deixar levar pela saudade...

Margarida












     Poesia é isto saudade, ilusão, criação , é o longe o perto.

Margarida

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Conversa ao vento

Meu cantinho é assim me ajuda a esquecer as mágoas, afastar as tristezas que uma vez ou outra transborda em nosso viver, de outros  que nos faz repensar nas ações realizadas e as que não foram concluídas que algumas vezes se dissipam no templo de fantasias não findas que temos que retornar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ILUSÕES


Amor incutido

Temido que incendeia nossa alma

Sem pedi licença para entrar



Devasta nosso cabelo

Destrói nossos pêlos sem pensar

Gritar por liberdade

Sem assumir a identidade



Glamour de uma vida incessante

Sem ternura, porém brilhante

De tanto tentar



Chegar perto sem assumir

Ficar distante sem desistir

Não se cansa e continua a lutar

Luta pelo ser pensante que esta tão distante

E ficamos a imaginar

No bosque, praia , multidão

Continuamos a te buscar

Trazer para este clima contagiante que anima até quem nunca esteve lá.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Colibri




Mais um ano de saudades!



Colibri 





Eu vi um colibri no alto da montanha
Eu vi um colibri banhado de neve
Que me fez sorrir
Era um dia claro encantador
Que agitou meu ser como um dilúvio em flor
Senti o vento soprando a me envolver
Seguindo em desalinho dando espaço ao tempo sem se perder
Eu vi um colibri com lágrimas nos olhos
Mas mesmo assim me fez sorrir
Meio  sem graça sem dizer não ao tormento que estava  em mim
Eu vi um colibri enfeitado com laço de fita falando de amor
À noite não tarda em chegar e tu estavas ali sem pestanear
Eu vi um colibri sair em busca do teu bem querer
Agitando as asas sem sem dizer uma palavra e partiu
Não disse um adeus deixando os seus com saudades e voou

 


Margarida Cabral


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tempo Vazio

Tempo que abraço me envolve com teu calor
Sentir o calor do vento esperando o anoitecer
Refúgio que contemplo no espaço vazio
De saudades
De solidão
De silêncio
De emoção
Conviver arrelio que me convence refletir
No destempero do tempo que não vejo ressurgir
Imensidão da noite que se alonga com o tempo
Sinto frio e procuro um cobertor  seja de lã ou de riso
Que fica incutido num jarro sem   flor
Que ficou ausente de pensamentos ... longíquos que tanto acreditei
Sinto o peito apertando de vivência não realizadas
De desejos findos que se perderam ao vento sem prisma de solidez
Hoje sinto as lembranças vividas com tudo que sonhei



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dignidade

Dignidade 


Você surgiu...
Anoitece e me faz sonhar 
Cobri-me com teus braços de ternura
Não consigo ter amargura
Só encontro felicidades
De saudade que me fazem tão bem
Alimenta meus sentidos deixando ternos e vivos
A contemplar o luar
Da lua crescente indo de encontro ao mar
Vou a busca do veleiro tendo forças para continuar
O meu viver singelo com muito apreço e belo no caminhar
Que alimenta minha alma  dando sustentação ao meu tudo...
Esplêndido é o viver sem amarras
Seguir livre nesta estrada infinda...
Com a convicção do viver...sem amargura do teu ser


Margarida Cabral 
Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 3 de setembro de 2011

Mergulho no Tempo

Mergulho do tempo 


Acreditar na vida
Na sorte
Acreditar no tempo... onde sopra o
vento
No deslizar da curva
No trecho que cruza esta estrada deserta
Olho adiante vejo o céu gritante a ficar na minha mão

Parece pequeno quando se afasta da imensidão com tantos  pensamentos
A  mergulhar  na imensidão 
Naquela água tão límpida tão clara que bate no peito sem desvio
Agita a alma é mais um desafio
De desejos e ilusões
De crescer ao vento sem pensar no tempo com hora marcada
Seguir em frente sem pensar no abuso do ouvidor ...
Que ficou além do norte a se mirar na janela coberta de flor
Num jardim de miragem  que fito no deserto sem mágoas ou dor
Tudo se acomoda conforme for
Dependo do espelho escondido que ficou opaco no seu visual
Trasnparecendo as migalhas guardadas no seu olhar
Que distantes ficaram a esperar na fé na crença do acreditar..

Margarida Cabral